Mais de mil profissionais da saúde foram impactados com o III Fórum ISGH Excelência em Gestão e Saúde
O III Fórum ISGH Excelência em Gestão e Saúde levou a discussão da qualidade na gestão da saúde, para mais de mil participantes. O objetivo foi ressaltar a importância do tema, nas discussões de políticas públicas. Profissionais da saúde e de instituições ligadas à ela, puderam trocar experiências e adquirir ainda mais conhecimento, com palestrantes renomados no Brasil e no mundo. O encontro aconteceu de 21 a 23 de outubro, no Centro de eventos do Ceará.
Entre as palestras ministradas, o Secretário de Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), expôs a “Plataforma de Modernização da Saúde”, que trata a saúde nas regiões do Ceará, de forma mais igualitária. De acordo com o Secretário, com um investimento de cerca de 600 milhões de reais, a nova plataforma prioriza a resolução dos “vazios assistenciais” e os fatores qualitativos da saúde. “Está previsto nesse processo uma reorganização do sistema de UTI para as regiões de saúde. O Ceará pretende estabelecer uma estratégia de estado e não de governo”, ressaltou.
A Secretária de Saúde de Fortaleza, Dra. Joana Maciel, abordou “O papel das Políticas Intersetoriais como fator determinante na saúde pública”. A Secretária exemplificou, como o tema está impactando na saúde do município. “Nós conseguimos reduzir em quarenta por cento, as mortes no trânsito do nosso município, mostrando que realmente com a política intersetorial, a saúde é uma das maiores beneficiadas”, disse a titular da pasta.
Em sua Palestra Magna de abertura do Fórum, o Professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP), Dr. Gonzalo Vecina, falou sobre como aumentar a eficiência na gestão da saúde pública. Segundo o Dr. Vecina, o tema é hoje, o maior desafio da saúde pública brasileira. “Nós estamos vivendo um tempo em que houve a redução da capacidade do Estado de gerar recursos. Temos menos recursos e continuamos tendo, talvez até, mais necessidades”, pontuou o professor.
Aplaudida de pé pelo público, a Enfermeira do Hospital Israelita Albert Einstein, Lucélia Bastos, emocionou os presentes ao falar do empoderamento e segurança do paciente e o cuidado centrado no mesmo. Lucélia mostrou seu contentamento com a motivação do ouvintes. “É inspirador ver a motivação e iniciativas, pequenas à grandes iniciativas, que o estado do Ceará, em diversas instituições de saúde já promove e certamente está mudando a vida de muitos pacientes e muitas famílias, no estado”, comentou a enfermeira.
Como novidade para a sua terceira edição, o Fórum ISGH contou com a Oficina de Design Thinking com o objetivo de proporcionar aos participantes, uma estrutura prática bem definida e reconhecível para a integração em larga escala de abordagens mais criativas, interdisciplinares e centradas no ser humano na gestão de saúde, unindo inovação e prática. O treinamento foi realizado pela a equipe da Coordenadora de Projetos e Novos Negócios da Be Solutions, Clara Takeno, que falou sobre a necessidade global de mudanças e como a oficina pode ajudar nesse processo evolutivo. “Estamos trazendo uma técnica, mais uma ferramenta e uma forma da gente mudar, através de um pensamento criativo. É a mudança de comportamento, mudança de pensamento. É conhecer o problema e se apaixonar por ele, pra gente criar a solução”, afirmou Clara.
Ao todo, foram mais de três mil pessoas, nos três dias de fórum; o que superou o número das duas edições anteriores, que somou cerca de 450 participantes no ano de 2017 e 550 inscritos, de 2018. Este ano, além dos inscritos para o Fórum, houveram mais de 150 inscrições para a Oficina de Design Thinking.
O ISGH é a Organização Social de Saúde que faz a gestão dos seguintes equipamentos públicos de saúde do Governo do Estado do Ceará: Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, em Fortaleza; Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte; Hospital Regional Norte, em Sobral e Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim. Administra ainda seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na capital cearense, além de gerir em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, 117 Postos de Saúde e 17 unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).